É, é
Sim, sim

É, é, sim, parem de pagar de bonzinhos
É, é, você, me passa a vodka e a água tônica
É, é, vocês, parem de pagar de bonzinhos
Parem de pagar de bonzinhos, parem de pagar de—, ei

Me chamam pra alguma coisa e eu sempre falo que sim
Mas eu prefiro ficar suave vendo Lilo e Stitch
Eles falam sobre como eu rimo por causa do meu estilo de freestyle
E eles são a mesma merda, tipo Nescau e Nesquik
Eu faço cara de felizinho pra você e me despeço

Não é frase como tal, mas o sentido que eu dei
Eu sei bem como enxergo as coisas e agora sou feliz
E eles me perseguindo, parece o Need For Speed
O tempo passou e eu parei de gostar de vinho, de rum e de alcatrão
Enxergo tudo em dobro desde que tomei o veneno de escorpião
Vou andando pra cozinha e mastigo um Clonazepam

E preparo bolachas pra mim enquanto o meu clone faz pão
Eu preparo gelatina pra mim e misturo com flan
Se eu atiro algumas vezes, eles caem feito a bolsa
Você fica o dia todo no PC, sai um pouco, por favor
Se você me obedecer, a morsa fica brava

Você vai me ver tomando café-da-manhã na hora de almoçar
E as minhas olheiras aumentando vendo se o bonsai vai florescer
Inesquecível como o comercial da Layconsa
No dia que esquecerem de mim o Forsyth vai ser presidente

Eles são só brinquedos, eu encontrei o meu BuzzLightyear
Mandando um freestyle de olhos fechados pelo Pedro de Osma
Eu me conecto mais comigo mesmo sempre que estou offline
E eles são viciados no barulho que o like faz
Fala aí

Escuta, supostamente
Críticos clássicos dos mixtapes, que triste, chegou o conhecedor
Tá chovendo em Dimsdale
Eu cheguei no Domodin e, com o coringa, eu faço chover que nem o Odin
Eu vi o negócio, você não entendeu

Muita coisa errada nesse circuito
Muito falsificada essa sua apresentação de piadas
Só propaganda da Disney
Acabam no Tinder, precisam hackear o System Of a Down
Green Day, eles não passam de ano no maternal, é-oh

Precisam trocar o disco
Tocam a campainha, não era tão fácil
O inverno, sem Grindr, sem filtro
Gorduroso feito frango frito, batatinha frita de cebola
O demônio do fim do mundo
Eles mudam de rumo e desistem

Merry-merry Christmas, isso foi a única coisa que você aprendeu no curso de inglês
Eu sei o número do meu jatinho e o da pizzaria
Faíscas, flow gigante com alicates
Pega e destampa, não resista
O enigma da meia-noite é misterioso

Eu quero me perder em uma ilha
Não estamos na mesma, não dá pra você apagar o Instagram
E acender a lâmpada da Pixar, metralhada em zig-zag
A sua voz muda quando seu professor faz chamada

Nem uma pitada de artista
Tô no céu, miska, musca, Mickey Mouse
Olha isso, olha só isso, é freestyle demais
Você procura ser uma pessoa digna

Culta, fidedigna, mas você fica indignado quando te xingam?
Ouvidos fechados pra aquilo que não presta
O brinquedinho confirma, essa merda é real, luzes, faíscas
Tipo um cara-a-cara vapt-vupt

Tradicionalistas, rala pra ter tanquinho
Mas a mente dele é de vidro, mm, tic-tac
Eu sou a voz interior que te diz os números da loteria
A cerveja na chácara, as presas da avó, a escola da pista, é
Merda

É, é, sim, parem de pagar de bonzinhos
É, é, você, me passa a vodka e a água tônica
É, é, vocês, parem de pagar de bonzinhos
Parem de pagar de bonzinhos, parem de pagar de—, ei

É, é, sim, parem de pagar de bonzinhos
É, é, você, me passa a vodka e a água tônica
É, é, vocês, parem de pagar de bonzinhos
Parem de pagar de bonzinhos, parem de pagar de—, ei